Desde o início de sua existência, a raça humana desenvolve ferramentas para facilitar o seu trabalho. Foram milhares de anos desenvolvendo técnicas e engenhocas para facilitar o trabalho físico, como a faca, a roda, o arado na agricultura, o emprego de animais domesticados, e o moinho de vento entre outros inúmeros avanços. O auge desse período é a conhecida Revolução Industrial, quando desenvolvemos músculos mecânicos mais fortes e duráveis do que qualquer músculo humano, principalmente o motor a vapor, e viramos a sociedade de agricultura de subsistência de cabeça para baixo. Graças à tecnologia e aos novos processos de manufatura, as pessoas passaram a se especializar em diferentes tarefas, e a ter o poder de trocar o seu trabalho por uma vida muito mais completa e rica do que aquela que tinham anteriormente. Mas isso não foi uma mudança trivial. Pelo contrário, foram 150 anos de violentas mudanças e efeitos colaterais nocivos, como a poluição do meio- ambiente e o trabalho desmoralizante em fábricas com condições precárias. Mas foram esses mesmos efeitos que levaram à criação do Estado moderno, que regulou e reduziu os abusos, proibindo o trabalho infantil, limitando a jornada de trabalho, e estabelecendo condições mínimas de segurança. Em todo caso, o grande resultado da Revolução Industrial foi o salto no desenvolvimento econômico mundial: até 1800 nenhuma sociedade tinha experimentado um crescimento sustentado da renda per capita1, e no capítulo seguinte viu-se um crescimento exponencial.
O gráfico abaixo2 ilustra esse ponto através de uma proxy, a população mundial, que passou por um ponto de inflexão sem precedentes em conjunto com o desenrolar da Revolução Industrial.
Desde então, o ritmo de inovação não desacelerou e a mecanização se alastrou por todas as tarefas com mão de obra intensivas, incluindo a agricultura, a mineração, a indústria têxtil, a construção, e o transporte. Além de inovar para reduzir o trabalho manual, passamos também a dedicar esforços à criação de mentes mecânicas para facilitar o trabalho intelectual. O primeiro passo foi a criação de dispositivos para ajudar na computação, ou seja, na contagem de números e execução de tarefas aritméticas. Com raiz nos ábacos dos nossos antepassados, a primeira invenção significativa foi a calculadora mecânica no século 17 e sua evolução e disseminação na década de 1960 na forma da calculadora eletrônica. Mas o grande pulo foi a introdução do computador, que decolou na década de 1980 com a introdução do computador pessoal com interface gráfica. O computador (em suas diversas formas, incluindo os smartphones) junto às redes de comunicação global são protagonistas de uma era que vem sendo chamada da Revolução Digital.
A Abundância Digital
Assim como a Revolução Industrial, a Revolução Digital tem causado mudanças profundas na sociedade e na economia global. Talvez a mudança mais óbvia seja a interconectividade: a facilitação da comunicação global e a difusão da informação. Essa nova realidade é fruto da digitalização da informação, da sua transformação em bits e bytes que podem ser armazenados, replicados e transmitidos sem perda da qualidade. Uma cópia de um bem digital é idêntica ao original, e a produção de uma réplica é barata, rápida e fácil. O custo de produção inicial pode até ter sido alto, mas uma cópia digital adicional custa quase zero, logo dizemos que seu custo marginal de reprodução é próximo a zero. Ao digitalizar a informação ela deixa de ser escassa, se torna abundante e tende a se disseminar pelas redes globais (respeitados os direitos autorais).
Vivemos hoje numa era onde o acesso à informação nunca foi tão fácil e tão barato, e “um membro da tribo Maasai no Quênia tem hoje uma melhor tecnologia de comunicação móvel do que o presidente Reagan tinha há 25 anos. Se eles tiverem um smartphone eles têm acesso a mais informação do que o presidente Clinton tinha há 15 anos.”. Mas não é só a informação em forma de texto que foi digitalizada, esse fenômeno explodiu em volume, velocidade e variedade, e hoje inclui sons, fotos, vídeos, mapas, informações de instrumentos e sensores, redes sociais, e assim por diante. A quantidade de informação gerada, transmitida e armazenada cresceu num ritmo tão astronômico que de acordo com a IBM, 90% dos dados no mundo hoje foram criados nos últimos dois anos.
Contudo, também há efeitos negativos da digitalização, como a sobrecarga de informação, a invasão da privacidade, e o efeito do modelo gratuito na economia. O terceiro ponto é o mais relevante para o tema desta carta. Como o custo marginal de reprodução da informação digital é próximo a zero, criou-se um ambiente onde os consumidores compartilham (legalmente e ilegalmente) o conteúdo digital. O mais perfeito exemplo deste impacto é a indústria de música, cuja receita caiu 75%, de US$60 bi no seu auge em 1999 para US$15 bi nos dias de hoje. Mas isso não significa que a música desapareceu, pelo contrário, de 2001 a 2014 o numero de músicos independentes aumentou 45%6. Nunca foi tão fácil um artista distribuir sua música pelo mundo, e nunca foi tão fácil um ouvinte escutar uma música de uma banda nova criada do outro lado do planeta. Quando antes era preciso um verdadeiro trabalho de detetive para encontrar aquele álbum obscuro com apenas 1.000 cópias lançadas, hoje qualquer ouvinte empossado de um smartphone tem acesso a mais de 20 milhões de musicas através do Spotify, Pandora ou iTunes.
Para reduzir o compartilhamento não controlado, a indústria teve que adaptar o seu modelo de negócio e passar a não cobrar pelo acesso a música, adotando o modelo gratuito. Mas como substituir essa fonte de receita e permitir que artistas, produtores, empresários e outros stakeholders continuassem a ser remunerados? Parte da resposta está na receita de shows e turnês que aumentou 300% desde 1999, de US$10 bi para US$30bi. Como a musica gravada se tornou abundante e onipresente, a música ao vivo, que é por definição escassa (um musico ou uma banda só pode tocar em um lugar em um determinado momento), se tornou mais valiosa. Com isso a música gravada se tornou uma espécie de despesa de marketing que permite a monetização de fontes alternativas, incluindo shows, venda de mercadorias, fã clubes, e ringtones. A grande máquina de produção e promoção da indústria fonográfica se desmembrou, e abriu espaço para uma relação mais direta entre os músicos e seus fãs.
User-generated Content e a Commoditização da Confiança
Há um fenômeno relacionado a abundancia digital: não há mais uma distinção clara entre produtores e consumidores de conteúdo. Quando antes eram apenas experts e profissionais que produziam e disseminavam em escala informação e conteúdo, hoje qualquer internauta pode através das plataformas e redes sociais disponíveis na Internet assumir o papel de articulista, músico, comentarista, ou fotógrafo. Esse fenômeno é conhecido como user-generated content, e permitiu, por exemplo, a criação do Wikipedia, enciclopédia online com quase 5 milhões de artigos apenas na sua versão na língua inglesa7 criados gratuitamente por voluntários do mundo tudo. Para fins de comparação, a edição de 2013 da Enciclopédia Britannica continha apenas 40.000 artigos8. Mas o ponto crucial foi a criação de um meio onde a comunidade de usuários pode registrar e compartilhar avaliações em larga escala. Hoje tudo pode ser avaliado e classificado na Internet, inclusive motoristas particulares.
O serviço de transporte urbano privado foi tradicionalmente dominado pelo taxi, que conquistou através do tempo, e principalmente da regulação, a confiança dos usuários. A marca do taxi, símbolos como a cor do veículo e a licença do motorista, transmite ao usuário a confiança de que será prestado um serviço com um mínimo de qualidade e segurança por um determinado preço. O mesmo não poderia ser dito de um carro particular dirigido por um motorista estranho, e seu uso era um “tiro no escuro”. A inovação rompeu esse paradigma, ao permitir que uma empresa alavancasse o poder da comunidade e de um conjunto de tecnologias para reunir e intermediar motoristas independentes.
Esse agente, no caso o Uber e seus concorrentes, consegue regular a qualidade do serviço prestado pelos seus motoristas aliando incentivos financeiros às avaliações compartilhadas pelos passageiros. O motorista independente é recompensado pelo bom serviço, fundamentado por boas avaliações, ou punido caso contrario. Quando antes você hesitaria em entrar num carro particular de um motorista estranho, hoje você entra sem medo pois consegue visualizar a qualidade do motorista antes de entrar no veículo (através de uma nota), e conta com a capacidade do sistema de penalizá- lo caso a corrida seja diferente do esperado.
Em outras palavras, o Uber conseguiu sistematizar e commoditizar a confiança a motoristas independentes. Abre-se uma oportunidade de emprego para motoristas que por alguma razão não poderiam, mas desejavam operar um taxi e oferecer seus serviços num formato extremamente flexível, apenas quando desejarem e caso estejam sendo recompensados adequadamente. E como nivelou-se o campo de competição, a qualidade do serviço se torna o principal fator de concorrência.
A Economia de Compartilhamento
Ao ter um carro disponível a qualquer momento através de um simples toque no smartphone, a posse de um veículo se torna menos necessária. Ao invés de se descapitalizar e adquirir um veículo que vai passar a maior parte da vida útil estacionado, se torna possível "compartilhar" um carro com uma comunidade de usuários através do Uber e serviços semelhantes. Essa é uma outra importante mudança catalisada pela Revolução Digital, o florescimento da economia de compartilhamento (o "sharing economy").
Assim como veículos, há vários produtos e serviços em que há excesso de capacidade, e que não são integralmente utilizados. A tecnologia permite o compartilhamento desse excesso, e cria um arranjo econômico em que os participantes podem compartilhar o acesso. Varias plataformas já foram criadas por empreendedores para compartilhar os mais diversos bens e serviços, incluindo alojamento (Airbnb), hospedagem de cães (DogVacay), carros (Uber e RelayRides), tarefas (TaskRabbit), recursos financeiros (LendingClub), e Wi-Fi (Fon).
À primeira vista isso é uma mudança positiva, para um mundo com menos consumo, menos poluição, menor custo e melhor acesso. Mas o efeito colateral é o impacto negativo da queda da demanda, e consequente impacto na cadeia produtiva. No caso de carros isso impacta não só a cadeia de produção e venda de veículos (da extração de minerais ferrosos às concessionárias), mas todo o ecossistema automotivo, passando por seguradoras, postos de gasolina e oficinas mecânicas.
Mercados “Winner-take-all”
Outro efeito catalisado pela Revolução Digital e a economia de compartilhamento é a dinâmica "winner- take-all". Tipicamente essas plataformas exibem um efeito onde o número de consumidores aumenta o valor da plataforma para os prestadores e vice-versa. Voltando ao exemplo do Uber, quanto mais passageiros solicitarem corridas na plataforma, ou seja, quanto maior a demanda, maior o incentivo para motoristas oferecerem corridas, gerando uma maior oferta. Mais motoristas significa uma maior probabilidade de haver um veículo próximo disponível. Com isso, se tem uma maior liquidez, e quanto maior a liquidez, melhor a qualidade do serviço percebido pelo cliente, atraindo cada vez mais passageiros. Então, apesar do motorista do Uber não ser exclusivo à empresa, na prática ele se torna por causa do efeito de rede, quanto maior o numero de usuários e motoristas, maior o valor da rede.
Como o Uber presta um serviço digital, o despacho e pagamento de corridas, e terceiriza o transporte para motoristas independentes, o seu modelo de negócios é altamente escalável. Assim que os custos fixos são cobertos, o custo da unidade marginal é praticamente zero. Logo a empresa conta uma enorme economia de escala, e capacidade de brigar por preço. Os prestadores seguem os consumidores, e os consumidores não tem tempo e paciência para comparar regularmente diferentes plataformas. Logo a maioria vai utilizar apenas uma. Então há uma forte dinâmica monopolista onde os ricos ficam mais ricos, pois é pouco provável que o player dominante seja desafiado por um novo entrante com pior liquidez e recursos financeiros: o player dominante conta com uma enorme vantagem competitiva e irá competir na base de preço, sangrando o novo entrante.
Automação Exponencial
A última mudança que vamos abordar nesta carta é a introdução de tecnologias de automação para tarefas cada vez mais complexas. No caso do Uber, uma série de inovações e invenções permitem que a empresa forneça o seu serviço, o despacho e o pagamento de corridas em veículos particulares, incluindo o smartphone, a Internet e o sistema de GPS. Mas o passo iminente é a introdução do veículo automatizado.
Carros automatizados que não necessitam de motoristas humanos significam uma frota de veículos a disposição em tempo integral, que podem ser coordenados de forma inteligente para atender eficientemente a comunidade de usuários. Utilizando dados de uso histórico, combinado com informações em tempo real, como transito e eventos, a empresa poderia prever e alocar veículos para locais de alta demanda, e assim aumentar a probabilidade de usuários encontrarem um veículo próximo disponível (aumentando a liquidez!). Para o usuário isso significa um melhor serviço, e para a empresa maior receita, conquistando mais corridas, e também menos custos ao remover o elemento humano.
Essa evolução está mais próxima do que imaginamos. A Google vem desenvolvendo um projeto de veículo automatizado desde 2005, que já rodou 1,6 milhões de km com apenas quatorze acidentes, todos devido a erros humanos (porque o veículo estava sendo conduzido manualmente ou o motorista do outro veículo foi culpado). O carro da Google ainda requer o mapeamento meticuloso da sua rota para seu funcionamento correto, e não consegue navegar em situações complexas na cidade, ou fora de estrada, mas a Audi se comprometeu a entregar em 2017 o primeiro veículo comercial com funções autônomas. A próxima geração do modelo A8 será capaz de navegar autonomamente na cidade em velocidades de até 60 km/h. Além de possibilitar um melhor serviço na plataforma do Uber e seus concorrentes, o veículo automatizado promete trazer outros benefícios como redução do transito, redução de acidentes, e disponibilizar tempo para motoristas executarem outras tarefas quando dentro do veículo.
A indústria de transportes hoje emprega 3 milhões de pessoas apenas nos Estados Unidos. Com a introdução do veículo automatizado esses empregos estão sob ameaça, e hoje não há uma fonte clara de empregos alternativos. Regressando a Revolução Industrial, houve um movimento de protestos violentos liderado por Ned Ludd contra as máquinas que estavam roubando o emprego de operários da indústria têxtil. Essa foi a primeira onda de automação em larga escala observada por economistas modernos. Os pesquisadores se dividiram em dois campos, o primeiro acreditando que o desemprego seria temporário e não estrutural, que o progresso tecnológico e a criatividade criariam oportunidades de trabalho provavelmente melhores, e o segundo campo acreditava no desemprego tecnológico, que o ritmo do desemprego gerado pela inovação poderia ultrapassar o ritmo em que conseguiríamos encontrar novos usos para a mão de obra. A Grande Depressão de 1920 parecia confirmar a segunda tese, mas com a chegada da Segunda Guerra Mundial e sua demanda insaciável por mão de obra, a primeira tese passou a dominar a literatura econômica, de que novas tecnologias não aumentam o desemprego e somente mudam a composição de empregos na economia. E a segunda tese passou a ser conhecida como a falácia Ludita.
Mas há dois problemas com essa tese: 1) se o avanço tecnológico está acelerando e a capacitação de trabalhadores a novas tecnologias demora tempo, se o processo de inovação for mais rápido do que a capacidade dos trabalhadores se ajustarem a novas tecnologias, é possível gerar desemprego permanente, 2) mesmo que sejamos capazes de qualificar os trabalhadores à nova realidade, se houver uma redução permanente da demanda por certo tipos de trabalho, teremos um problema estrutural.
Alguns tipos de trabalho são mais passiveis de automação do que outros. Os pesquisadores do MIT Daron Acemoglu e David Autor classificam a mão de obra em dois fatores: cognitivo ou manual, e rotineiro ou não rotineiro. Eles descobriram que a demanda por trabalho humano rotineiro, independentemente se manual ou cognitivo, vem caindo dramaticamente e sendo automatizado. Em contrapartida, o trabalho não rotineiro como analise financeira (cognitivo) e cabeleireiros (manual) tem se mantido estável. O trabalho não rotineiro, que exige a criatividade e ideação humana hoje estão mais protegidos, pois não existe a tecnologia para replicar essas características, mas há um grande segmento de trabalho rotineiro que está sob ameaça da automação.
Conclusão
Assim como a Revolução Industrial, a Revolução Digital está transformando o mundo em que vivemos. A digitalização trouxe abundância à informação e difusão numa escala global ao conhecimento. Esse processo está se propagando para diversos outros aspectos, incluindo diferentes etapas de manufatura e prestação de serviço. Experiência similar à Revolução Industrial: o economista inglês Paul David estudou a introdução da eletricidade nas fábricas americanas e descobriu que inicialmente foi mantida a mesma estrutura e configuração de quando eram alimentadas por motores a vapor, o que não levou a uma grande melhora no desempenho. Ou seja, a eletrificação estava no estagio inicial, apenas substituindo o motor a vapor. Somente 30 anos depois as plantas mudaram de layout e os processos de fabricação foram alterados se aproveitando dos benefícios da energia elétrica, e com esse avanço a produtividade duplicou ou triplicou.
A produtividade é tradicionalmente definida como o aumento da qualidade de vida ao longo do tempo, e medida pelo produto por hora trabalhada. Se as empresas e trabalhadores conseguirem produzir mais produtos e serviços com a mesma quantidade de insumos, ou seja, com a mesma força de trabalho, há um aumento da produtividade da economia. Mais recentemente os ganhos produtividade nos EUA têm sido baixos, o que trouxe à tona a discussão do fim do crescimento econômico. De 1948 a 1973 a produtividade dos EUA cresceu a uma taxa média anual de 2,80%. Com a alta do preço do petróleo nos anos 80 e a consequente pressão inflacionária, o crescimento econômico estagnou, e essa taxa caiu para 1,6% até o início dos anos 90. De 1995 a 2003 finalmente parecia que a Revolução Digital estava entregando seu fruto, pois a taxa média de crescimento de produtividade no período foi de 3,1%. Mas desde então despencou, e na ultima divulgação de dados (2º trimestre de 2015) a taxa média de crescimento dos últimos cinco anos caiu apenas para 0,6%.
Mas se levarmos em conta os estudos do Paul David, os maiores ganhos de produtividade somente serão realizados quando houver inovação nos processos empresariais, assim absorvendo todos os benefícios proporcionados pelas novas tecnologias.
Os benefícios trazidos pela Revolução Digital têm sido muitos. Estamos numa era de qualidade de vida sem precedentes, seja pelo acesso à informação, seja pela comunicação global, seja pela expectativa de vida. Certamente o leque de bens e serviços ao nosso dispor hoje é mais amplo e de maior qualidade do que há 10 anos. É difícil prever todos os impactos e todas as consequências, mas podemos observar que as empresas que vem prosperando nesta era tem alavancado a inovação para melhorar seus processos existentes, além de criar novos processos e explorar novos horizontes.